Recebemos a notícia de que tínhamos sido escolhidos para a segundo etapa de implantação do Projeto Reinventando o Ensino Médio (REM) no segundo semestre de 2012. As opiniões eram diversas, mas poderiam ser resumidas em dois grupos: o grupo dos que não deram fé ao projeto e os empolgados com as mudanças propostas. De dentro desse último grupo, o diretor, então, chamou a mim, Ana Carolina, para coordenar esse projeto, sobre o qual pouco sabíamos ainda, e os professores Maria Cristina, Anita Matos, Antônio Junior, Luis Faria, Eloisa Barbosa, Ione Matos, Fátima Cal, Paulina Matos para compor o time que iria para Belo Horizonte, para o curso de capacitação no Plug Minas de 4 a 6/12/2012.
Retornamos a Ervália com o espírito inquieto, sentindo um misto de ansiedade e medo. O projeto proposto nos pareceu imenso, com proporções assustadoras: aulas com conteúdos que nunca tínhamos trabalhado, uso de laboratório de maneira contínua, aulas práticas com materiais diversos, mudança na estrutura curricular, aumento nas horas/aula. Tudo isso repassado em apenas 3 dias pela SEE, diretores e coordenadores das primeiras escolas pilotos, sem material didático pronto e com a notícia de não haveria mais o cargo de "orientador" da área.
A primeira atitude que tomamos, eu e a professora Tina (Maria Cristina), foi produzir em slides (visualize-os) uma apresentação para os professores, tentando repassar a eles as mudanças que ocorreriam. Essa reunião foi feita em três turnos para poder alcançar todos os professores, pois como estávamos em época de provas finais do último bimestre (!) e ninguém tinha muito tempo.
Essa foi, com certeza, a minha primeira falha como coordenadora. A reunião foi feita apenas com os professores e não com os demais funcionários da secretaria, da limpeza. Isso foi ruim, porque o REM afeta o trabalho de todos eles, e ao serem incluídos nessa apresentação inicial, os profissionais da minha escola não compreendiam muito bem as mudanças na rotina da escola. Aí está a primeira lição que aprendi como coordenadora: todo projeto deve prever e envolver toda a escola e não apenas professores e alunos. A participação de todos os funcionários deve estar prevista no projeto e o envolvimentos de todos os setores deve ser incluído na agenda do coordenador.
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