Os conteúdos interdisciplinares me tiraram o sono: como iria trabalhar atividades extraclasse para turmas de alunos trabalhadores, que não tem tempo disponível para isso? Além disso, já conhecia a tentativa frustada das atividades complementares do noturno (aplicada quando o turno noturno é organizado com módulos aula de 40 minutos, os dez que "faltam" são repostos em forma de atividades extraclasse, denominados atividades complementares) que em nossa escolha não funcionaram direito.
Como previa, não deu outra: poucos professores do primeiro ano apareceram na reunião e o tema previsto transversal a "água na....", foi para o espaço. Com o tempo contra mim não tive muita escolha, fiz um projeto envolvendo Conteúdos Interdisciplinares e Conteúdos Práticos (confira aqui), já que na capacitação de 2012 foi dito que era possível coordenar os trabalhos.
O projeto Interdisciplinar desenvolvido consistia em um questionário interdisciplinar sobre a influência da água na nossa vida com questões reflexivas que integravam várias disciplinas e um cartaz que deveria ser realizado posteriormente sobre cada um dos temas abordados em cada uma das questões. Enquanto isso, os conteúdos práticos forma desenvolvidos como uma entrevista realizada pelos alunos na comunidade em
que moram sobre o saneamento básico (água tratada, lixo etc). O s alunos da TI deveriam desenvolver um relatório com base nos resultados da entrevista e os alunos do Gestão e Empreendedorismo deveriam desenvolver uma análise de oportunidades.
O resultado
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quinta-feira, 24 de julho de 2014
quarta-feira, 23 de julho de 2014
Relatório dos conteúdos noturnos
Do cumprimento dos Conteúdos Interdisciplinares Aplicados e
Conteúdos Práticos do Noturno
O cumprimento dos Conteúdos do
noturno estão atrelados a disponibilidade de tempo e espaço dos alunos no
contra turno. Como em sua maioria são alunos trabalhadores, a principal
dificuldade para implementação dos conteúdos é encontrar alternativas para que
estes alunos possam executar as atividades relativas a cada um dos conteúdos.
Assim, a participação e envolvimento tanto de alunos quanto de professores o
principal dificuldade enfrentada pela coordenação.
No que diz respeito aos Conteúdos
Práticos, a principal dificuldade é marcar visitas técnicas e excursões, pois
os alunos não podem faltar o emprego para viajar. Dessa forma, em nossa escola,
era praticamente impossível usar as mesmas atividades da empregabilidade do
diurno para o noturno. O que obrigou o coordenador a assumir a responsabilidade
sobre os trabalhos e atividades dos Conteúdos Práticos, além da
responsabilidade já regimentada sobre os registros, pois o professor não havia
assumido essa disciplina e, portanto, não tinha obrigações com relação a ela.
No que diz respeito aos Conteúdos
Interdisciplinares, o principal obstáculo é
envolver professores do CBC no projeto Reinventando, pois muitos apontam
a dificuldade em construir projetos coletivos por conta própria, a
desmotivação, desilusão e o receio com que a maioria dos docentes encaram os
novos projetos criam um desconforto que impede o envolvimento espontâneo dos
profissionais, obrigando dessa forma o coordenador a traçar estratégias como
oficinas, para que tais projetos sejam efetivados.
A principal lição tirada da
experiência desse ano é que o coordenador precisa intervir diretamente nas
atividades dos Conteúdos Interdisciplinares e Práticos, em função tanto das
necessidades dos alunos, tanto pelas necessidades dos professores.
Do modo como foram cumpridos os Conteúdos
Interdisciplinares Aplicados e Conteúdos Práticos do Noturno
A
melhor forma de representar o modo como foram cumpridos os Conteúdos dos
Noturno é “tentativa e erro”. A cada bimestre uma estratégia era usada e diante
de seus resultados insatisfatórios, era substituída por outra até que
conseguimos cumprir integralmente as orientações dadas.
No primeiro bimestre, a tentativa
de reunir os professores do CBC e CBCe foi frustrada, pois descobriu-se uma
enorme deficiência conceitual tanto sobre o que seja aula prática, interdisciplinaridade
e, principalmente, construção coletiva de projetos. Por isso, a saída foi o a
produção de um projeto, chamado “água para todo o lado” que envolvia tanto os
conteúdos interdisciplinares, que consistiu em um questionário baseado em tema
transversal - “água”- com perguntas que envolviam habilidades de todas as
disciplinas, quanto os conteúdos práticos que envolviam a produção de trabalhos
desenvolvendo as competências das empregabilidades, apresentação de um
relatório digitado (TI) sobre a pesquisa feita na comunidade e um relatório de
oportunidade de negócio para gestão e empreendedorismo.
No segundo bimestre, a
coordenação em conjunto com os especialistas iniciaram um conjunto de reuniões
pedagógicas com base na deficiência conceitual observada no primeiro bimestre,
focando assim as reuniões de Cumprimento de Carga Horária em estudos de
conceito de aula prática, interdisciplinaridade e outros. Novamente, não houve
entrosamento entre os professores do CBC e CBCe para execução de um projeto, pois
eles alegavam não perceber de que maneira poderiam ser relacionadas as
disciplinas do CBC às das empregabilidades. Em função disso a coordenação do
REM novamente interviu criando um projeto “minha escola é meu primeiro
currículo” envolvendo os conteúdos interdisciplinares aos aplicados, no qual cada professor deveria selecionar um
texto que informasse sobre as aplicações práticas de sua disciplina para o cotidiano e o trabalho. A
partir de cada um desses textos, o aluno produzia um parágrafo argumentativo
explicando qual era a contribuição de cada disciplina para a formação da sua
“empregabilidade”, considerando-a como uma competência. Aproveitando
os conhecimentos construídos foram elaborados, nos conteúdos práticos,
um currículo com base nas habilidades e competências para o trabalho
desenvolvidas pelas disciplinas do CBC. Os currículos individuais, geram
posteriormente a produção um currículo só, que virou um cartaz exposto na
reunião com a comunidade no Dia D.
No terceiro bimestre, tomamos a
dificuldade de relacionar conteúdos e Habilidades do CBC e CBCe, construímos um
projeto de feira de conhecimento para todo o ensino médio, finalmente
conseguimos apresentar um projeto mais próximo daquele esboçado nas orientações
do REM. Os projetos do primeiro ano do REM, precisavam relacionar
obrigatoriamente uma disciplina do CBC ao CBCe que cursavam. A partir desse
projeto, eles deveriam pesquisar sobre o assunto e apresentar uma palestra para
os próprios colegas da escola, de uma turma do ensino fundamental e uma do
ensino médio. A participação do coordenador do REM, nesse caso foi muito
intensa, já que era preciso construir efetivamente e quase individualmente as
relações entre os CBC e CBCe em conversar informais com um ou dois professores,
dando ideias, sugerindo temas, formas de interação e apresentação do tema. Além
de organizar toda a logística de apresentações de palestras que envolvia a
organização de entrada e saída de aluno de um turno em outro na escola,
montagem de recursos como Datashow, preparação de sala para encenação de
teatro, por exemplo. Assim, conteúdos práticos e interdisciplinares não podiam
mais ser dissociados, pois eram trabalhados simultaneamente no estudo para e
produção da palestra.
Finalmente no quarto bimestre,
dando continuidade ao projeto de feira de conhecimento, os alunos com base no
mesmo tema estudado e apresentado, produziram recursos didáticos diferentes
para a exposição propriamente dita para toda a comunidade. Novamente conteúdos
práticos e interdisciplinares se fundiram dando origem um trabalho produtivo,
no qual os alunos trabalhavam no horário do almoço e fins de semana, que
originou maquetes e experimentos para serem expostos. Novamente, o coordenador
atuou junto tanto dos professores quanto dos alunos na organização, orientação
desses trabalhos, em pequenas e rápidas reuniões com cada um dos grupos.
Dos
registros dos Conteúdos Interdisciplinares Aplicados e Conteúdos Práticos do
Noturno
Os
registros das atividades seguem dois formatos: o diário de classe e o portfólio.
No diário de classe, optamos por descrever suscintamente o projeto e registrar
com uma presença ou falta a apresentação do trabalho que equivaleria ao total
de horas do Conteúdo para um bimestre, por exemplo, para todos os alunos que
apresentaram as palestras no terceiro bimestre foi dado como cumprido a carga
horária tanto nos conteúdos interdisciplinares quanto nos conteúdo práticos. Para
representar a qualidade de conteúdo e
forma dessa palestra foi usado o sistema de atribuição de notas por valores,
tal como nas demais disciplinas. Já o portfólio traz uma cópia do projeto, um
relato do coordenador do desenvolvimento das atividades e evidências das
mesmas.
ENCERRAMENTO DO ANO LETIVO: FESTIVAL DE MÚSICA E ARTE 06/12/2013
Festival de Música e Arte – 06/12/2013
O festival foi
uma iniciativa dos professores Eloisa Barbosa e Adailton Santos. Nele foram
expostos os trabalhos artísticos desenvolvidos pelo professor com o ensino
fundamental, entrega de certificado dos monitores, entre eles, os monitores do
REM que trabalharam com a inclusão digital dos alunos do ensino fundamental do
turno da tarde, Luan e Railpho. Também contamos com apresentação e dança e
música dos alunos e ex-alunos da escola.
Excursão ao Parque Vale dos Contos – Ouro Preto 12/12/2013 - Turmas 1º A, B, C e E
O Projeto Vale
dos Contos é uma iniciativa única no âmbito cultural brasileiro. Promovida pela
Prefeitura de Ouro Preto, em parceria com a Agência de Desenvolvimento
Econômico e Social de Ouro Preto (ADOP), apoio do Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e patrocínio da Vale, a iniciativa prevê
a realização de atividades gratuitas na área de arte, música, teatro, educação
e saúde. O objetivo da ação é promover a reintegração do Parque dos Contos,
construído em parceria com a Prefeitura Municipal, o espaço de lazer de 360 mil
metros quadrados está situado em pleno centro histórico de Ouro Preto, entre a
Igreja do Pilar, a Casa dos Contos e a Rodoviária, e recebeu um intenso
tratamento paisagístico e a instalação de trilhas e espaços de receptivo
(cantinas, quadras, praças, mirantes e auditórios). O Projeto aposta em três
eixos básicos, Saúde, Cultura e Educação, responsável pela geração de
aproximadamente 500 postos de trabalho diretos e indiretos, contribuindo ainda
para o desenvolvimento econômico e social de Ouro Preto.
Objetivos: Conhecer um
empreendimento na área de Meio Ambiente
Ampliar a visão sobre os serviços
que podem ser oferecidos por um parque
Aprender sobre áreas de
preservação
Reunião com os pais do 9º anos das E.E. Professor David Procópio e Monsenhor Rodolfo - 03/12/2013
O Objetivo
principal da reunião era apresentar o projeto Reinventando o Ensino Médio aos
pais dos futuros alunos de 1º ano, deixando-os a par do processo de escolha e
desenvolvimento do projeto. Para isso a reunião foi aberta com o diretor, Edson
Fontes, que expôs o Projeto como uma oportunidade de qualificação a mais para o
jovem. Dando lugar posteriormente a fala da Coordenadora, Ana Carolina, que
apresentou as empregabilidades e o processo de escolha e o aumenta na carga
horária. Em seguida foi passada apalavra para a professora Maria Cristina que
apresentou a proposta pedagógica, dando ênfase aos resultados conquistados
neste ano de implantação. Para finalizar, a aluna do primeiro ano de Gestão e
Empreendedorismo, Mariana, falou sobre o que aprendeu, sobre as oportunidades que essa aprendizagem
lhe forneceu e como esse conhecimento mudou sua vida e de sua família. A o final, nos colamos a disposição dos pais
e alunos para dúvidas.
REUNIÃO COM A COMISSÃO DO PROEMI 20/11/2013
No dia 20 de novembro, às 17:00,
na biblioteca da E. E. Professor David Procópio, foi realizada a reunião com os
professores Débora Carmen de Freitas Mattos, Ewerton Renato Soares de Paiva,
Antônio Júnior de Paula Carvalho, Eloisa Maria Barbosa de Paiva, Adailton
Damião dos Santos, a coordenadora do projeto Reinventando o Ensino Médio Ana
Carolina Fernandes Gonçalves, as especialistas Maria do Carmo Toledo, Flávia
Lopes Singulano, e o diretor Edson de
Souza Fontes para traçar o plano estratégico de implantação do projeto “Feira
de Conhecimento” para o ano de 2014, já
apresentado para todos os professores do ensino médio em reunião anterior realizada
no dia 30 de outubro do corrente ano, como proposta da escola para o ProEMI. A
reunião foi introduzida como um breve diagnóstico da escola, no qual a
cidadania, entendida como comportamento socializado de limpeza pública,
convivência social e uso consciente do bem público, foi considerada uma questão
emergencial em vista dos problemas de depredação, indisciplina e falta de
valores observados, sobretudo nos alunos mais novos do ensino fundamental II.
Em função dessa necessidade, os professores entraram em acordo de que o projeto
de Feira de Conhecimento do Ensino Médio deveria versar sobre os eixos de
cidadania citados acima, colocados pelos professores orientadores como temas de
pesquisa para os alunos do ensino médio, que além de estudar os problemas,
devem elaborar um trabalho de conscientização através de ações pontuais em
todos os turnos, com todos os alunos.
Também foi decidido que os professores que não demonstrarem interesse em
participar do projeto como orientadores, poderiam participar como colaboradores
dos professores orientadores, auxiliando-os no desenvolvimento dos trabalhos.
Por fim, foi proposta e aceita a sugestão que incorporar a avaliação da dos
trabalhos realizados para a Feira de Conhecimento, cujo valor ficou definido em
5,0 (cinco) pontos nas notas bimestrais
de todas as disciplinas, e o conceito de compromisso, usado para medir a
participação dos alunos fosse usado como ferramenta de observação dos trabalhos
realizados no contraturno, geridos pelos líderes dos grupos em relatórios de
atividades apresentados ao professor orientador. Não tendo mais nada discutir
no momento, a reunião foi encerrada. Não tendo mais nada informar, lavro e
assino a ata junto com os demais presentes.
Excursão a Feira de Tecnologia em BH – 1º D e F 22/11/2013
A TECNOFEIRA 2013 aconteceu nos dias 22 e 23 de novembro com a exposição de 57 Projetos de Conclusão de Curso dos alunos da
3ª série do curso técnico em informática do COTEMIG. Além dos estandes dos alunos expositores, a
feira possui estandes institucionais do COTEMIG e espaços atrativos, como
estandes de jogos, campeonatos e oficinas, sempre apresentando novidades na
área de tecnologia, informática e sustentabilidade. As entidades apoiadoras do
evento também expõem atrações variadas para o público. Nos auditórios do
Minascentro acontecem palestras técnicas, ministradas por profissionais de
renome no mercado.
Objetivo: Conhecer projetos desenvolvidos na área de
Tecnologia de Informação
Trocar experiência com alunos do Curso Técnico
Ampliar o conhecimento relativo à tecnologia de informação,
através da apresentação de projetos em diversas áreas
Feira do Conhecimento – 2º parte – Exposição 9-11-2013
Com certeza o
fato mais surpreendente dessa etapa foi a autonomia que observamos na maioria
dos alunos para concluir os trabalhos da feira. Não foi preciso lembra-los da
data, não foi preciso “empurra-los” para terminarem as apresentações. Os alunos
moviam-se autonomamente, corriam atrás, se mostravam dispostos, procuravam os
professores para ajuda-los. Essa autonomia não apenas não era observada, como
era sentida sua falta pelos professores. Daí a avaliação positiva da maioria em
relação a feira: a apresentação dos alunos estava mais concreta, dominavam
melhor o assunto, estavam amis dispostos, os trabalhos em sua maioria mais
elaborados com temas originais, diferentes dos anos anteriores. Ao final da
feira, era possível perceber nos alunos o orgulho da missão cumprida. O maior
sucesso da feira consiste nisso: desenvolver, sobretudo no primeiro ano, a
autonomia do trabalho pela disposição, a responsabilidade individual e coletiva
sobre os resultados finais de um projeto coletivo, além, é claro, da aquisição de
novos conceitos científicos pertinentes ao tema pesquisado.
4º Bimestre : Avaliação
O quarto
bimestre foi dedicado ao término do projeto Feira de Conhecimento e a
retrospectiva do ano. O saldo do ano, do ponto de vista da coordenação, é
positivo, embora os resultados sejam ainda muito subjetivos, isto é, ainda não
podem ser observados a “olho nu”. Avançamos muito na construção de conceitos
pedagógicos, na compreensão dos novos objetivos da educação pública e nas novas
práticas educacionais. Porém, a aplicação desses novos conceitos ainda não
foram efetivas, pois falta ainda consolidar os conceitos construídos. Assim
sendo, o quadro que se adianta é a necessidade de voltar a esses conceitos,
fixando-os, e aplicando-os em situações pedagógicas reais na sala de aula.
A Feira de
Conhecimento, por exemplo, foi muito
importante para esclarecer a definição prática do que significa trabalhar com
projetos, algo que havia sido colocado para os professores desde o segundo
bimestre, mas como foi observado durante os bimestres, o conceito de aula
prática e, por extensão, o de projeto não estavam amadurecidos o suficiente
para elaborarem sozinhos projetos de empregabilidade. O lado bom, é que agora
temos uma referência concreta para planejar o próximo ano, e os resultados
positivos da feira podem animar mais os professores a participar dos projetos
escolares. Outro ponto que o projeto da
feira deixou claro, é a imaturidade para trabalharem autonomamente. Com as
dificuldades observadas esse ano, poderemos traçar com mais objetividade os
projetos, observando as dificuldades comuns deles.
Já retrospectiva
feita através das reuniões de pais, apresentação no Festival de Música e Arte e
finalização dos trabalhos e autovaliações, foi possível observar e projetar
para a comunidade a “sacudida” que o REM fez na escola, como reuniões de
professores mais objetivas e focadas em conceitos e práticas, estratégias para
solucionar problemas imediatos colocados pelos próprios professores, dedicação
dos alunos nos trabalhos para a Feira de Conhecimento e viagens de fim de ano.
FEIRA DE CONHECIMENTO 1º PARTE – PALESTRAS
A fim de tornar a Feira de
Conhecimento como o espaço propício para o desenvolvimento prático dos
conhecimentos construídos nas empregabilidades durante o primeiro semestre, foi
elaborado, junto com os professores das áreas de empregabilidade, projetos que
envolvessem todo o conhecimento de forma produtiva e dinâmica, a partir dos
roteiros em anexo. Tais roteiros foram incorporados como planejamento
bimestral, transformando o projeto de Feira de Conhecimento no programa das
empregabilidades para o terceiro e quarto bimestres. Incluiu-se também o
trabalho de pesquisa realizado no contraturno como Conteúdos práticos
extraclasse e a preparação para palestras como o trabalho de Conteúdos
Interdisciplinares Aplicados para as turmas do REM Noturno.
Os professores orientadores tiveram um mês, de
23 de agosto- quando o projeto foi apresentado a todos os alunos- a 28 de
outubro – quando iniciaram as palestras -
para preparar seus grupos de pesquisa para organizar uma palestra de
teor teórico que foi apresentado para uma turma de ensino fundamental e,ou uma
do ensino médio, sorteadas pela comissão organizadora. As turmas do primeiro
ano, apresentaram duas palestras, sendo uma necessariamente para uma turma de 9º
ano, promovendo assim uma aproximação dos futuros alunos do Reinventando com as
empregabilidades. Coube ao orientador não só acompanhar as pesquisas sobre o
tema, mas também a metodologia de apresentação, a adequação da linguagem para o
público e assistir a uma apresentação prévia para avaliação e correção de
possíveis falhas da apresentação.
As palestras, embora teóricas,
deveriam explorar recursos criativos de exposição para estimular o interesse do
público, introduzindo o tema que será explorado na feira de conhecimento, sem,
no entanto, adiantar o conteúdo do trabalho que será exposto na feira. As
palestras tiveram durações de no máximo 50 minutos e todos os alunos do grupo
deveriam participar dela. Os alunos do ensino médio apresentaram suas palestras
durante o horário normal de aula do seu público-alvo – as turmas sorteadas-
sendo o grupo de alunos acompanhado durante toda a palestra pelo professor
responsável pela turma naquele horário, que
não só cedeu sua aula como permaneceu em sala durante toda a palestra.
Ao final desta, foram distribuídos ao público um questionário com critérios
pré-estabelecidos pela comissão organizadora para avaliar a palestra proferida.
Essa avaliação foi transformada em nota usada para a pontuação final do grupo e
equivaleu a 3,0 pontos.
REUNIÃO DE PAIS DA ESCOLA DOM FRANCISCO DAS CHAGAS DA COMUNIDADE RURAL DO CAREÇO
Apresentação
do REM à comunidade 09/10/2013
O diretor da escola, Edson
Fontes, e a coordenadora do REM, Ana Carolina, foram recebidos pela diretora
Silvete Ferreira para expor,
primeiramente aos pais do 9º ano, e extensivamente a toda a comunidade, em
linhas gerais a proposta do Reinventando o Ensino médio, tirando dúvidas sobre
o sexto horário e o transporte, as visitas e aulas práticas, as
empregabilidades e seus conteúdos.
12ª Reunião com professores
Apresentação
da Cartilha de Disciplina – 25/09/2013
Reunião destinada a apresentação
para apreciação dos professores da cartilha de disciplina com situações
problemas para utilização dos meios propostos pela cartilha para solucioná-los
com o intuito de testar a eficácia da cartilha. Além disso, foi pedido o maior
engajamento dos professores no Projeto da Feira de Conhecimento, sobre o qual
foram feitas algumas críticas e sugestões sobre o procedimento adotado para a
participação dos professores avaliadores como o uso de critérios claros e
objetivos, além do anonimato dos professores avaliadores.
Curso de Capacitação do REM
O
curso de capacitação, de 09 a 13-09-2013 foi muito bom do ponto de vista da coordenação, que embora
não tenha participado diretamente, pode contar com uma mudança na perspectiva
dos professores sobre o próprio trabalho causada pela troca de informações e
observações com colegas de outras escolas, permitindo assim aos professores
realizarem uma autoavaliação de sua produção. Os professores chegaram do curso cientes de
falhas e motivados para dar uma nova guinada nos trabalhos do REM. A
coordenação, durante a ausência dos professores, preparou os alunos do REM para o projeto da
Feira de Conhecimento, apresentando as necessidades e exigência desse novo
projeto, reanimando as turmas e motivando-as para o trabalho prático que seria
desenvolvido. Assim, na segunda-feira,
dia 16, tanto alunos quanto professores se encontraram e compartilharam em sala
a nova motivação que ambos haviam desenvolvido durante a semana que havia se
passado.
Essa parada, proporcionada pelo curso, foi fundamental para que a
coordenação pusesse em prática a intervenção planejada desde o início do
bimestre e formalizada através do projeto da feira de conhecimento, com o
intuito de retornar o projeto para aulas práticas e construtivas.
11ª Reunião com os professores
O que é PIP – 28-08-2013
Reunião
realizada como resposta às observações feitas sobre o conceito de aula prática
observado nos discursos dos professores durante as oficinas de construção do
PIP. Exposição de uma proposta pedagógica com recursos didáticos variados e
apresentação do “Carrinho” ou Laboratório Móvel onde foram colocados exemplares
de revistas temáticas existentes na biblioteca, boneco do corpo humano, jogos
variados como UNO, detetive, jogo da vida, brinquedos pedagógicos para frações
etc. Apresentação em linhas gerais do
projeto “Feira de conhecimento”.
Entrega para
os professores dos planejamentos para Feira de Conhecimento como orientações
para o trabalho em sala, durante o 3º e 4º bimestre, de acordo com reunião
individual feita com cada professor em seu horário individual de CCH.
Visita a COPASA
Vista realizada DIA 27-08-2013 pela turma de
Meio Ambiente e Recursos Naturais para ampliar o conhecimento sobre tratamento
de água.
Palestra da contadora Rosária Ivanir da Silva
Palestra realizada 15-07-2013 da
contadora Rosária Ivanir da Silva organizada pela profª Eloisa para os alunos
de Gestão e Empreendedorismo com o objetivo de aprofundar o conceito de
microempreendedor, como abrir o próprio negócio, como se cadastrar como
microempreendedor.
Reunião com líderes- noite
Ata da reunião
com líderes de turma realizada no dia treze de agosto do ano de dois mil e treze com a coordenadora do
Reinventando o Ensino Médio na biblioteca da escola no horário de 20:00 às 21:40 com os líderes do 1º ano E,
Normando Alexandre de Jesus, e 1º ano F, Angélica de Freitas Almeida , na qual
os alunos expuseram críticas e sugestões sobre o andamento do projeto. O
primeiro tópico abordado na reunião foi a exposição do REM, ocorrido no sábado
anterior – dia dez de agosto de dois mil e trezes, sobre a qual os alunos da
empregabilidade de Gestão e Empreendedorismo e Tecnologia da Informação
relataram não terem sido preparados para participar e informados sobre ela
apenas na sexta-feira. Os líderes também foram informados sobre a Feira de
Conhecimento a ser realizada em data ainda não definida, mas prevista para
ocorrer no final do mês de outubro, sobre a qual a coordenadora sublinhou que
os trabalhos a serem apresentados pelas
turmas de primeiro ano devem ser
os resultados dos projetos desenvolvidos nas aulas de empregabilidade. Em
consequência da proximidade da feira de conhecimentos, foi levantada pela
coordenadora a importância da confecção de uniformes para cada área de
empregabilidade tanto para ser usado na feira quanto em viagens e visitas
realizadas pelas turmas. Com base nessa necessidade foi estipulado um plano de
ação para os líderes realizarem (ou para que um auxiliar por eles escolhido
faça) no qual foram estipuladas as metas de
até dia vinte e oito de agosto criar através de um consenso com a turma
o modelo da camisa de uniforme e até dia doze de setembro ter enviado o projeto
da camisa para a empresa que a confeccionará. Logo após a definição dos prazos
para a confecção de camisa, a coordenadora pediu que os líderes relatassem como
tem sido as aulas de empregabilidade. A característica mais ressaltada em todos
os relatos foi a de que as aulas estão “cansativas”, pois nelas o conteúdo é
transmitido oralmente como apoio de apostila ou cópia do quadro. Na área de Gestão e Empreendedorismo, os
alunos apresentaram descontentamento, pois as aulas são teóricas e não rendem,
repetindo a mesma atividade por várias aulas. Na área de Tecnologia da
Informação, observou-se a crítica sobre a falta viagens e palestras agendadas e
a monotonia das aulas em função da repetição do mesmo tipo de atividade em
todas as aulas, a falta de aplicação das aulas para o mercado de trabalho e
comentaram sobre a sugestão dada pelos alunos ao professor sobre uma viagem a
FIAT em Juiz de Fora. Ao serem questionados sobre a indisciplina e evasão do
turno noturno, os alunos disseram sentir
receptividade dos colegas ao sugerir o projeto de uma “Sexta Cultural” com exibição
de filmes ou campeonatos de futsal. A reunião foi concluída, com o registro dos
tópicos no caderno do líder, por parte dos líderes e com o destaque da
coordenadora para as metas e prazos estabelecidos durante a reunião.
Reunião com líderes de turma - manhã
Ata da reunião
com líderes de turma realizada no dia treze de agosto do ano de dois mil e treze com a coordenadora do
Reinventando o Ensino Médio, Ana Carolina Fernandes Gonçalves, na biblioteca da
escola em dois horários, de 10:40 às 12:00, com os líderes do 1º ano A, Macely
Mayara Ferreira Freitas; 1º ano B, Talia Aparecida de Paula; 1º ano C,
Cristiana Maria Amaral; 1º ano D, Railpho Araújo Coelho, na qual os alunos
expuseram críticas e sugestões sobre o andamento do projeto. O primeiro tópico
abordado na reunião foi a exposição do REM, ocorrido no sábado anterior – dia
dez de agosto de dois mil e trezes, sobre a qual os alunos da empregabilidade
de Gestão e Empreendedorismo relataram não terem sido preparados para
participar e informados sobre ela apenas na sexta-feira, véspera da exposição,
não tendo por isso, muito tempo para se prepararem. Os alunos ressaltaram seu
desapontamento porque se sentiram sozinhos e perdidos na realização do
trabalho, principalmente ao procurarem os professores para orientação. Segundo
relato dos alunos, apenas a professora Eloisa Barbosa informou os alunos a
respeito da exposição, enquanto a professora Anita Mattos afirmou não saber
sobre a exposição e se negar a ajudá-los, pois era seu dia de folga. A
coordenadora informou que a exposição
ficou definida pelos professores em reunião realizada dia dez de julho e
registrada na circular número dois emitida no dia dezessete de julho do ano
corrente, como consta a declaração de recebimento assinada pela professora.
Segundo relato do líder, a turma de tecnologia da informação não foi informada
e preparada para a exposição, sendo apenas convidada como as demais turmas para
a reunião. A turma de Recursos Naturais e Meio Ambiente, segundo observações da
líder, foi bem preparada, porém destacou a falta de recursos materiais que
teria dificultado a apresentação, sem no entanto, prejudicá-la. Os líderes também foram informados sobre a
Feira de Conhecimento a ser realizada em data ainda não definida, mas prevista
para ocorrer no final do mês de outubro, sobre a qual a coordenadora sublinhou
que os trabalhos a serem apresentados pelas
turmas de primeiro ano devem ser
os resultados dos projetos desenvolvidos nas aulas de empregabilidade. Em
consequência da proximidade da feira de conhecimentos, foi levantada pela
coordenadora a importância da confecção de uniformes para cada área de
empregabilidade tanto para ser usado na feira quanto em viagens e visitas
realizadas pelas turmas. Com base nessa necessidade foi estipulado um plano de
ação para os líderes realizarem (ou para que um auxiliar por eles escolhido
faça) no qual foram estipuladas as metas de
até dia vinte e oito de agosto criar através de um consenso com a turma
o modelo da camisa de uniforme e até dia doze de setembro ter enviado o projeto
da camisa para a empresa que a confeccionará. Logo após a definição dos prazos
para a confecção de camisa, a coordenadora pediu que os líderes relatassem como
tem sido as aulas de empregabilidade. A característica mais ressaltada em todos
os relatos foi a de que as aulas estão “cansativas”, pois nelas o conteúdo é
transmitido oralmente como apoio de apostila ou cópia do quadro. Na área de
gestão e empreendedorismo, ressaltou-se que as atividades desenvolvidas são de
leitura de textos, responder questionários por escrito e preencher formulários.
Na área de Recursos Naturais e Meio Ambiente, o uso do Datashow é prejudicado
pelo tempo de instalação do aparelho e pelo abandono das aulas práticas no
laboratório, frisando inclusive a perda do experimento iniciado pelo professor
Luís Faria, que deixou a disciplina no final do segundo bimestre, também
reclamaram da falta de palestras e viagens como complemento das atividades. Na
área de Tecnologia da Informação, observou-se a mesma crítica sobre a falta
viagens e palestras agendadas e a monotonia das aulas em função da repetição do
mesmo tipo de atividade em todas as aulas. Ao serem questionados sobre a
indisciplina durante as aulas, os alunos apontaram a conversa e a brincadeiras
como as principais ocorrências causadas pelo desinteresse provocado pela aulas
cansativas com metodologias pouco estimuladoras ou “interessantes”. Os alunos
deram como exemplo as aulas do professor..., na qual observa-se maior
participação e interesse em função da forma como as aulas são geridas,
utilizando recursos que impedem a monotonia e, consequentemente, a
indisciplina. A reunião foi concluída, com o registro dos tópicos no caderno do
líder, por parte dos líderes e com o destaque da coordenadora para as metas e
prazos estabelecidos durante a reunião.
Reunião com a comunidade
Dia D –
10-08-2013
Com o objetivo de
apresentar os resultados da escola nas avaliações externas e as ações que a
escola vem desenvolvendo para melhorar a qualidade do ensino oferecido, a
equipe pedagógica junto com a coordenação do REM reuniu em slides as evidências
do trabalho escolar explicando as estratégias adotadas pela escola como PIP,
Complementação de Carga horária do professor, REM com aulas diferenciadas, PEAS
e outros projetos desenvolvidos, com o intuito de que a escola não está de
braços cruzados diante das dificuldades que surgem, mas que estamos trabalhando
coordenadamente para o sucesso dos alunos. Depois da reunião os pais foram
convidados para ver a Feira do REM, na
qual os alunos apresentaram o conteúdo das empregabilidades aos pais.
10ª Reunião com os professores
Dia D – Reunião com os professores –
07-08-2013
Com um objetivo
principal de realizar um diagnóstico da realidade produtiva da escola e
elaborar um plano de ações para melhorar os resultados da escola em relação ao
acordo de metas, a reunião planejada foi composta de apresentação do
diagnóstico através de slides e duas oficinas, nas quais os professores
deveriam traçar o plano de intervenção pedagógica para suas turmas. Em relação
ao PIP, foi exposta a relação complementar entre o REM e o CBC através do PIP,
já que o conteúdo das empregabilidades põem em prática os conteúdos aprendidos
no currículo básico. Durante a oficina, os professores do ensino médio foram
convidados a se reunirem com os professores das empregabilidade para conhecer
os projetos que estes estavam desenvolvendo com suas turmas e assim, porem
planejar ações coordenadas com esses projetos, observando as necessidades que
os alunos teriam para realiza-los. O Resultado dessa oficina foi negativo em
termos práticos, porém muito importante em termos avaliativos. Na prática, a
reunião não funcionou, muitos professores do CBC simplesmente se recusaram a
participar dos grupos de empregabilidade, desses alguns participaram de má vontade ao serem chamados
individualmente para o grupo, fazendo comentários do tipo “vamos ver que moda
vou ter que inventar agora”. Esse comportamento foi decisivo para que a direção
e coordenação tomasse um novo rumo na forma de conduzir os trabalhos do REM,
pois o comportamento dos professores, a rejeição e má vontade em aderir ao
projeto, foi interpretado como a prova cabal de que sozinhos, eles não
modificariam sua rotina, não alterariam sua forma de planejar e trabalhar com
os alunos e que a coordenação teria que dar outro rumo ao planejamento. Foi a
partir das observações feiras neste dia, juntamente com as observações feitas
pelos alunos líderes em reunião posterior, que o nasceu uma semana depois, o
projeto da Feira de Conhecimento.
3º Bimestre: Motivação
O terceiro
bimestre começou com uma avaliação preocupante: o Reinventando não havia
motivado suficientemente os professores do CBC e CBCe e , consequentemente, não
havia atingido satisfatoriamente os alunos, de modo geral. A avaliação por
parte da coordenação também não estava nada boa, os professores – como os
alunos já haviam observado bem - das áreas de empregabilidade já haviam encontrado
uma “zona de conforto” seguindo apostilas de planejamento estratégico, de curso
de informática, por exemplo. Em reunião com os líderes, os alunos registram a
falta de motivação de alguns professores e as dificuldades com as disciplinas
que estavam se tornando “teóricas” demais.
Por outro lado, os professores se queixavam, principalmente, da falta de
autonomia dos alunos, que não traziam as atividades em dia e não mostravam
dedicação dos trabalhos, como pode ser observado pelo rendimento mediano das
turmas. Esse quadro ficou bem esboçado
na apresentação dos alunos no Dia D – Toda a comunidade faz a diferença, onde
as professoras de Recursos Naturais fizeram com os alunos uma “feira” com os
temas estudados durante o primeiro e segundo bimestre, Gestão e Empreendedorismo
apresentou um banner com fotos e portfólios de alunos e Tecnologia de
Informação, slides com fotos de aulas no laboratório.
Diante desse
retrato, a solução foi intervir diretamente no planejamento das aulas,
apresentando aos professores um projeto de caráter prático que envolvia a já
tradicional feira de conhecimento. A ideia original da feira apresenta pelo
diretor era estender o trabalho da feira de conhecimento em duas etapas: uma
apresentação e palestras para os alunos da escola, além da exposição
propriamente dita a comunidade. Associando esse projeto ao REM, foi passado aos
alunos do primeiro ano que associassem o tema do trabalho a área de
empregabilidade que cursavam e aos professores, foi orientado que
transformassem o projeto dos alunos no conteúdo das aulas de empregabilidade,
de maneira que todo o conteúdo teórico dado no primeiro e segundo bimestre
fosse agora aplicado em simulações de situações e problemas reais.
A intervenção,
embora não tenha sido bem vista no início tanto por professores quanto por
alunos, apresentou resultados satisfatórios, pois deu novo fôlego às aulas de
empregabilidade e motivou os alunos que responderam com mais entusiasmo e
dedicação ao projeto. O curso de capacitação para os professores também
contribui muito para injetar novo ânimo aos professores, que viram reforçadas
pela Secretaria as demandas já colocadas pela coordenação sobre planejamento e
gestão de aulas.
Assim, a
conclusão que se chega é que as mudanças provocadas pelos projeto são muito
maiores do que realmente pensamos ser e exigem uma intervenção mais concreta e
precisa na “realidade escolar”, pois o projeto atinge direta e imediatamente na
passividade existente no ambiente escolar, tanto em professores, quanto em
alunos, mas também presente na equipe pedagógica e administrativa, engessada
pelo laisse faire dos problemas
cotidianos e roteiros prontos para resolvê-los. As experiências do primeiro e
segundo bimestres deixam claro que a desmotivação é conveniente tanto aos
professores quanto aos alunos, na medida em que funciona como justificativa
para o fracasso. Porém, revelam também que a desmotivação é um ciclo vicioso
causado pela falta de meios diversificados para enfrentar a imaturidade e
dependência típicas da faixa etária dos alunos dos primeiro ano.
Nesse sentido,
é preciso uma intervenção externa, é necessária uma ação ampla e universal que
atinja simultaneamente professores e alunos, que tire ambos –ao mesmo tempo –
de sua zona de conforto e exija uma resposta rápida e bem feita. Se assim é, a função da coordenação não pode
ser confundida com as funções da supervisão e vice direção. Pois enquanto a
supervisão e vice direção atua diretamente sobre o trabalho do professor e do aluno, na análise e orientação da ação
dos professores ou do alunos em relação aos objetivos específicos da escola, a
coordenação atua sobre o ambiente escolar,
na produção e resultados alcançados coletivamente através do trabalho
coordenado de toda a equipe.
Escolha de líderes de turma
Escolha
de Líderes específicos das turmas de empregabilidade
A escolha de líderes foi
realizada a pedido da equipe NAPEM e consistiu em uma reunião com cada turma,
apresentando-lhes as principais características de um líder e suas atribuições.
Dois dias depois, a eleição foi realizada e os alunos escolhidos foram chamados
para uma reunião, na qual leram o documento sobre a função e atribuições da
função e receberam o caderno do líder, onde as sugestões e críticas da turma
seriam anotadas e trazidas para as reuniões com a equipe NAPEM e a coordenação
do REM. Dessa primeira reunião, as principais reclamações dos alunos foram
quanto a falta de viagens e aulas práticas, pois – segundo eles – as aulas das
empregabilidades eram tão teóricas quando as do CBC.
Informados de uma “feira do REM”
para os pais, os alunos foram orientados a aguardar as indicações dos
professores sobre a forma como produziriam os trabalhos. Enquanto isso, foram
anexadas à circular nº 2 para os professores, as observações realizadas pelos
líderes de turma e da coordenação pelos projetos apresentados.
Leia o documento sobre liderança aqui.
Leia o documento sobre liderança aqui.
9ª Reunião de professores
Reunião
com os professores das empregabilidades 03/07/2013
Nessa reunião foram apresentadas
as metas para o fim do bimestre, a atualização do portfólio e a entrega do
planejamento do terceiro bimestre, apresentado e discutido a forma de
apresentação dos trabalhos do REM na reunião com a comunidade, agendada para o
dia 10/08. Nesse encontro foi colocado
pelos professores a falta de entrosamento de alguns professores, o que estaria
dificultando o planejamento.
8ª Reunião com os professores
Esta reunião retomou as
reflexões realizadas na última reunião sobre as causas e as possíveis soluções
para a indisciplina dos alunos. Após um levantamento dos principais pontos
colocados pelos professores e análise minuciosa desses, a equipe pedagógica
contrapôs às sugestões e críticas dos professores, os impedimentos legais e
reais, apresentando caso a caso e discutindo os aspectos legais e as condições
reais de trabalho envolvidos. Eliminadas as soluções impedidas ou utópicas,
concentrou-se nas soluções realmente possíveis e cabíveis, propondo um conjunto
de medidas disciplinares cujo princípio norteador seria o “cuidado” e não a
“punição”. Discutidos e votados item por item da proposta, foi acordado entre
os participantes a produção de uma cartilha com os procedimentos para facilitar
a execução das medidas.
Veja os slides aqui.
Veja o vídeo sobre relação comunidade e escola.
veja o clip The Wall de Pink Floyd
Veja os slides aqui.
Veja o vídeo sobre relação comunidade e escola.
veja o clip The Wall de Pink Floyd
É importante registrar o
sentimento de desapontamento por parte de muitos dos professores quando
apresentados os impedimentos legais das ações que eles julgavam as mais
adequadas formas de resolver o problema da indisciplina. Esse desapontamento
revela a falta de conhecimento das leis que regulam o trabalho escolar e falta
de assimilação dos princípios da pedagogia contemporânea. Também sugere uma
tentativa de fuga da própria realidade, já a própria condição das famílias
atendidas pela escola não permite que os alunos possuam certos pré-requisitos,
por exemplo.
7ª Reunião com professores
Reunião com professores das
empregabilidades 19/06/2013
Reunião realizada com os
professores Eloisa Barbosa, Humberto e Antônio Junior para apresentar o novo
modelo e forma de metodologia aos professores, acertar data de entrega do
planejamento do terceiro bimestre e a forma de preenchimento do diário. Nessa
reunião ficou também discutida a importância de tentar aproximar as empregabilidades,
tornando o trabalho interdisciplinar. Das discussões gerou-se o mapa abaixo.
Essa foi uma reunião importante,
pois nela surgiu o embrião da cooperação e mais claramente a concepção de
prática que tanto buscávamos, que surge da ideia de construir organizações
comerciais ou sociais (empresas ou ONGs) que prestam serviços, induzindo os
alunos a realizarem trabalhos práticos com resultados concretos.
6ª Reunião com os professores
Reunião com os professores de todas as
áreas – 08/06/2013
Foi notado pela equipe
pedagógica, as constantes referências pelos professores à indisciplina como um
problema urgente, reconhecendo que a indisciplina é também uma das
consequências da falta de planejamento e de metodologias tradicionalmente
passivas, a equipe como um todo preparou uma reunião na qual os professores
pudesse colocar de maneira aberta, porém objetiva, os problemas e desafios que
enfrentam em sala de aula, apontando a partir de suas práticas soluções
viáveis. Veja os slides aqui. Depois de refletirem o tipo, causa e soluções para a indisciplina de
cada turno, os professores apresentaram suas discussões para todos, compartilhando
suas ideias e reflexões. Veja a descrição da metodologia das oficinas aqui.
Equipe pedagógica apresentando os conceitos para reflexão. |
professores discutindo entre si os problemas de cada turno |
apresentação do mapa conceitual gerado a partir das reflexões |
Nos mapas foram registrados problemas, causas e soluções |
A partir dos resultados
apresentados, pode-se observar que as reuniões anteriores tiveram pouca
influência na forma como os professores interpretaram o fenômeno da
indisciplina. Associando-a sempre a falta de suporte familiar e estrutura
escolar para lidar com o problema, as causas apontadas estavam na maior parte
das vezes fora da sala de aula, enquanto a noção de “punição” era explícita nas
soluções apresentadas, bem como a desmotivação provocada pela progressão
parcial era o principal responsável pela situação atual da indisciplina na
escola. Algumas sugestões, entretanto, versavam sobre mudanças na sala de aula
como a adoção de recursos didáticos e orientação dos alunos.
5ª Reunião com professores
Reunião com os professores de todas as áreas – 05/06/2013
A reunião da
quarta-feira, 05 de junho, foi motivada pelos resultados das oficinas da
reunião anterior, do dia 18 de maio, nas quais foram realizados pelos
professores uma produção de textos refletindo sobre sua própria prática e um
planejamento bimestral, que refletiram vários conceitos equivocados sobre aula
prática, recursos e CBC. Essa prática interessa muito ao projeto Reinventando,
pois esses conceitos são fundamentais para o desenvolvimento adequado dele.
Assim, a reunião pretendia funcionar como uma capacitação voltada para corrigir
pequenos equívocos adquiridos nas atividades diárias de sala de aula.
Novamente foi
observado grande resistências dos professores diante da apresentação dos
conceitos e, principalmente, em produzir um planejamento de atividades em nova
oficina. Embora a alta rejeição às novas estratégias e conhecimentos, podemos
também constatar a adesão de alguns professores que durante o bimestre
demonstraram assimilar a sua prática algumas delas.
Reunião com professores |
Para o
Reinventando, essas novas estratégias duas vezes importantes: para os
professores das empregabilidades que precisam dominá-las para planejar e
realizar adequadamente os objetivos práticos do projeto e para os professor do
CBC que precisam assimilar novas formas de planejamento para trabalhar em
conjunto com os professores das empregabilidade, pois a participação dos
professores do CBC no Reinventando depende da incorporação da prática do
planejamento e concepção de práticas pedagógicas dinâmicas na organização do
trabalho diário.
No entanto,
essa empresa não tem sido fácil, por vários motivos, sobretudo a falta de
formação continuada e a resistência dos professores às mudanças, que fazem da
implantação do Reinventando um desafio muito maior do que apenas colocar um
projeto em prática, mas em transformar o espaço e ações escolares, adaptando-os
às necessidades do mundo contemporâneo.
4º Reunião com os professores
Reunião com os professores das
empregabilidades 29/05/2013
Essa reunião
foi realizada no laboratório de informática da nossa escola e contou com a
presença dos professores Antônio Junior Carvalho, Anita Mattos, Maria Cristina,
Eloisa Barbosa e Humberto Lopes. O professor Luis Faria foi, portanto, o único
professor ausente. O objetivo desse encontro era esclarecer alguns pontos sobre
as atribuições de cada profissional dentro do projeto, pois havia sido
diagnosticado uma confusão nos papeis atribuídos, causando alguns impasses na
organização e planejamento, sobretudo e aulas práticas e excursões. Outro ponto importante destacado foi a
importância do planejamento e de sua entrega em dia, inclusive para o
agendamento de visitas técnicas e colaboração nas aulas práticas. Os
professores foram lembrados, mais uma vez, da participação do curso virtual da
Magistra e de seu caráter obrigatório. Por fim, os professores foram orientados
quanto a produção do portfólio virtual e apresentados ao blog da coordenação do
reinventando da nossa escola, gerenciado pela coordenadora. Veja os slides aqui.
A maior motivação
para esse encontro foi sem dúvida a necessidade de fazer convergir o trabalho
entre os professores das empregabilidades, que estavam mais dispersos,
envolvidos em seus próprios projetos e planejamentos, interagindo pouco entre
si. Nesse sentido, a reunião obteve resultados positivos, entre eles a
definição entre os professores de um reunião quinzenal das empregabilidades
para acertos e discussões específicas.
Blogs e páginas do Facebook criados pelos professores para interagir com os alunos
Blogs e páginas do Facebook criados pelos professores para interagir com os alunos
3ª Reunião com professores
Reunião Geral com os professores
A reunião com
os professores foi direcionada para a prática pedagógica, veja aqui os slides da reunião, mais especificamente
sobre planejamento e foi dividida em duas partes. Na primeira parte, foi
assistido um pequeno documentário sobre planejamento, veja aqui, no final do qual foi pedido
aos professores que realizassem uma produção de texto, refletindo sobre sua
própria prática. O resultado dessa etapa confirmou as minhas suspeitas sobre as
dificuldades que havia sentido antes: falta de metodologia, de técnica, para
realizar planejamento. Ao serem
questionados sobre suas práticas, os professores - em sua maioria, mas não
todos – se desviaram do assunto principal – prática pedagógica – para expor as
dificuldades e obstáculos que enfrentam diariamente, fugindo não apenas do
tema, mas dá oportunidade de refletir sobre si e seu trabalho.
professores presentes |
A fuga
iniciada na produção textual continuou durante a segunda etapa da reunião,
quando foi realizada uma oficina de planejamento com um modelo específico dado
e explicado pela equipe pedagógica. Desde professores que se recusaram a
realizar a tarefa completamente, até a recusa em seguir um modelo e mesmo a
reclamação de que era um “absurdo” pedir a professores que fizessem uma
produção textual, o diagnóstico é claro: profissionais que não reconhecem o
próprio trabalho, que se negam a refletir sobre sua própria prática e, por
conseguinte, a mudá-la. O sentimento de
afronta experimentados pelos professores durante a reunião, também corrobora
para a interpretação de falta leitura, estudos, pré-requisitos que a instâncias
superiores pressupõem que os professores possuem.
professores durante a oficina |
O discurso
pedagógico que fundamenta o REM está apoiado na vanguarda do pensamento
pedagógico que dá ênfase ao gerenciamento da sala de aula, das metodologias e
planejamentos, critérios que entraram na agenda do pensamento pedagógico
pouquíssimo tempo e exige que o profissional esteja em constante capacitação.
No entanto, a própria inclusão da capacitação do professor como tempo
incorporado a carga horária do professor é recente e ainda não está
completamente organizada.
Ao implantar o
REM é fundamental que toda a equipe docente da escola seja capacitada nas
formas de planejamento das aulas pela perspectiva do aluno, o que exigirá da
supervisão escolar não apenas apoio mas engajamento no projeto. Sendo
necessário planejar as reuniões pedagógicas em torno dessa nova formação. A
partir dos resultados, sobre tudo das produções textuais e planejamentos
apresentados pelos professores, foi realizada uma série de reuniões com a
finalidade de atualizar os professores sobre as novas exigências pedagógicas impostas
antes pela sociedade contemporânea, para as quais o REM seria uma resposta.
Passeata: combate a exploração sexual infantil
Foram
realizadas duas atividades de extensão no colégio, no qual o REM foi
incorporado.
A primeira
atividade foi realizada junto com entidades sociais da prefeitura de Ervália,
NASF, CRAS, na qual os alunos do primeiro ano participaram realizando cartazes
de apoio e modelos de folder, além do envolvimento do grupo de teatro e
concurso de redação para o terceiro ano.
Passeata envolvendo alunos de várias escolas |
Blitz com entrega de folders pelos alunos da escola |
Teatro sobre a importância da denuncia de casos de exploração sexual. |
Reconhecimento: 2º bimestre
2º Bimestre – 02/05 a 12/07/2013
O trabalho da
coordenação do segundo bimestre foi orientado pela necessidade observada de
trabalhar principalmente como o prática do planejamento, que associada a
necessidade de reconstrução do PPP e do RE, deu origem ao trabalho coletivo da
coordenação e da equipe pedagógica a uma série de reuniões voltadas para a
prática pedagógica e a disciplina escolar.
Além disso, participamos também de algumas atividades conjuntas com a
comunidade com a passeata contra a exploração sexual infantil e saúde sexual
promovida pela secretaria municipal de saúde. Também começou nesse bimestre o acompanhamento
da equipe NAPEM e curso de capacitação virtual da Magistra e teve, exatamente,
em função desse apoio o caráter de experiência de reconhecimento das falhas e
dos acertos do primeiro bimestre.
Durante o
segundo bimestre, os professores foram orientados a montarem seus portfólios,
atividade que durou todo o bimestre em função do tempo e disponibilidade dos
professores para organizar o material e produzir textos reflexivos sobre
própria prática.
O planejamento
das atividades de Conteúdos Interdisciplinares Aplicados, por exemplo, foi
repensada em função do envolvimento dos professores do primeiro ano na sua
elaboração e execução. Para tanto foram formuladas produções de textos a
respeito do conceito de empregabilidade e a contribuição de cada uma das
disciplinas para a capacitação dos alunos.
Nas aulas de
Gestão e Empreendedorismo, forma realizadas duas visitas técnicas à confecção e
drogaria da cidade, além de debates baseados em situações problemas. Em
Recursos Naturais bem como Tecnologia da Informação, o uso do laboratório de
informática foi essencial para realizar o projeto de conscientização sobre água
e alimentação pelo facebook, e construção de currículos profissionais para a
construção do escritório de contabilidade do TI. Enquanto o professor Luiz Faria, juntos com
os alunos do 1º C, construíram o Laboratório Natural, onde realizaram
experimentos relacionados a tratamento de água
O
reconhecimento da necessidade de planejamento, que orientou as ações do segundo
bimestre, aumentou na última reunião entre os professores a possibilidade de
interação entre as empregabilidades, assim como entre o primeiro e segundo
bimestre a necessidade de encontros periódicos observadas pelos próprios
professores gerou encontros quinzenais entre eles. Dessa forma o planejamento
do terceiro bimestre parece nos conduzir a uma série de ações que em direção a
coesão entre os professores do REM, entre os professores do REM e da escola e
do REM com a comunidade.
Práticas Exitosas do 1º Bimestre
Tecnologia da Informação: Diante das dificuldades,
o nosso laboratório possuía apenas 6 computadores –do projeto PROINFO –
funcionando, o professor Antônio Júnior dedicou-se a colocar os outros 14 em
funcionamento fazendo por conta própria uma assistência técnica. Além disso, a
maioria dos alunos não tinham contato algum com computador, mas ao fim do
bimestre já sabiam ligar, desligar, manusear teclado e mouse, além de se
apropriar de vocabulário próprio da área. Muitos conheceram através da aula o
ambiente virtual, criaram e-mail e conheceram através de sites de busca o
potencial de informações da internet.
Meio Ambiente e Recursos Naturais: A
professora Maria Cristina conduziu os alunos a criação de projetos educacionais
como visitas às escolas próximas sobre o uso consciente da água e debates.
Enquanto o professor Luiz Faria, criou – junto com os alunos do 1º C, promoveu
aulas sobre a origem da água que os alunos consumiam em suas casas, como
análise no microscópio da escola.
Gestão e Empreendedorismo: Com um
professor a mesmo, a professora Eloisa Barbosa se desdobrou para introduzir os
conceitos teóricos da Administração que culminou em um trabalho de equipe sobre
marketing, enquanto a professora Anita Mattos iniciou um projeto de
empreendedorismo com os alunos, transformando a criação da camisa da turma em
uma empreitada comercial na qual os alunos puderam se envolver em situações
comerciais de contrato. O professor Tiago Silva, contratado já na metade
do bimestre, criou um plano único de estudo condensando os tópicos principais
para o primeiro bimestre.
Conteúdos Aplicados Interdisciplinares:
Foi aplicado um questionário com questões interdisciplinares sobre “água” e
construção de cartazes para conscientização da própria comunidade escolar. A
participação dos alunos do curso noturno, no entanto, não teve uma boa
participação, a produtividade foi muito baixa em decorrência da falta de
motivação gerada pela forma de trabalho – questionário-, e pelo fato do
trabalho ser extraclasse –alunos trabalhadores sem tempo para realiza-los, veja o projeto aqui.
2º Reunião: CBC e CBCe
Reunião Geral – 13/04/2013
Reunião
com professores
A reunião de
professores foi dividida em duas partes. Na primeira, foram apresentados os
tópicos relevantes a rotina escolar como PIP, Avaliações, simulados. A equipe
pedagógica apresentou as propostas de reelaboração do projeto Simulado,
tornando-o mais próximo do ENEM e de aplicação uma avaliação do professor pelo
aluno.
Na segunda
parte, os professores da área comum se dividiram em grupo para analisar o
projeto das salas-ambientes, veja-o aqui, para construir regras e metodologias de uso, bem
como tentar estimular o uso dos futuros recursos como recursos pedagógicos.
Dessa oficina, veja o roteiro aqui, foi gerada a segunda parte do projeto de implantação das salas
ambiente, na qual são definidas as formas de uso das salas.
Enquanto isso,
os professores do REM se reuniram para avaliar o primeiro bimestre e receber
instruções para o planejamento do segundo bimestre. Nessa reunião, foram
observadas pelos próprios professores que "algo” não estava certo. Como
eu, enquanto coordenadora, vinha acompanhando individualmente o trabalho dos
professores e já havia percebido isso, apresentei minhas observações sobre a
nossa prática – que tinha uma proposta ainda muito teórica e fragmentada – e
propus um novo modelo de planejamento de projeto fundamentado em “simulações”
de situações reais. Ponderada pelos professores, a nova proposta surtiu efeito
imediato e surgiu as primeiras inspirações para projetos do segundo bimestre.
1º Reunião de Professores
1º Reunião de professores – 04/03/2013
Planejamento
Anual
Desastre
completo: apenas 7 professores do mais de 15 compareceram à reunião. Nela, foi
oferecido um modelo de planejamento anual com base no qual projetaríamos o
bimestre. A ideia era que os professores se reunissem durante o planejamento
para encontrar os pontos em comum entre as diversas disciplinas que permitiriam
criar um projeto interdisciplinar.
Porém, a dificuldade em planejar anualmente com ementas e CBC, inviabilizou
completamente o trabalho, resultando em trabalhos individuais, onde cada
professor pontuou para si mesmo os temas e tópicos de sua disciplina apenas
para o primeiro bimestre.
Embora tenha sido um fracasso em termos de produtividade, essa reunião foi fundamental para orientar meu trabalho de coordenação. Tendo em vista a interdisciplinaridade inerente do projeto e total dependência do planejamento para criar as aulas práticas que estão no cerne do REM, não tive outra alternativa a não ser me debruçar sobre a prática do planejamento, primeiro estudando, pois também eu como professora tinha as mesmas deficiências que todos os meus colegas, e depois construindo essa habilidade nos professores.
1º Bimestre: Contato Inicial
Jackson Pollock |
Intitulo o primeiro bimestre como contato inicial, pois assim interpreto o modo como trabalhamos, nós estávamos literalmente pisando em ovos, pois não tínhamos ideia alguma do que fazer. A equipe NAPEM regional ainda não estava montada, a primeira visita deu-se exatamente no final do primeiro bimestre, o curso de capacitação da Magistra ainda não havia iniciado, as primeiras atividades das áreas iniciaram também no final do primeiro bimestre. Portanto, éramos como pais e mães de primeira viagem, sozinhos, com um filho no colo sem ninguém para nos ensinar o que e como fazer.
Revendo agora a nossa experiência inicial, percebo que fomos (me refiro não só a nós do David Procópio, mas a todas as escolas que já implantaram o REM) corajosos, criativos e profissionais diante do desafio que o isolamento e falta de experiência nos impunha. Na ânsia de conseguir controlar o fluxo das atividades e responsabilidades da coordenação, tomei de empréstimo o guia do especialista das supervisoras e criei para mim, com base na resolução SEE 2052 de janeiro de 2013 um plano de ação para o 1º semestre, acesse aqui.
Também tentei, através de uma reunião marcada com todos os professores do 1º ano, realizar um planejamento anual com base na ementa que havia sido disponibilizada no CRV, bem como a formulação do projeto dos Conteúdos Interdisciplinares Aplicados(CIA). Essa reunião, no entanto, não funcionou. Poucos professores participaram e as atividades do CIA apenas sugeridas não chegaram a ser elaboradas.
Foi quando percebi que o entrosamento dos professores necessário para o planejamento das atividades seria mais complicado do que havia imaginado e que a metodologia que havia exposto na reunião do início do ano realmente não tinha surtido qualquer efeito. O planejamento é essencial para que o REM funcione e o professor, hoje, não possui formação para tal. Acostumados a planos de aula focados no conteúdo e não nas habilidades, embora o CBC desde 2004 imponha essa perspectiva no currículo escolar, os professores demonstraram dificuldades, muitas, em fazer um planejamento e muitos literalmente “fugiram” dessa atividade. Em reação a essa “fuga” por desconhecimento dos professores é que me aproximei da equipe de supervisão e pedi para participar da elaboração das reuniões pedagógicas, colocando para supervisão as minhas necessidades enquanto coordenadora do REM que se aproximavam das necessidades da própria supervisão quanto ao trabalho dos professores da área comum.
Enfim, esse contato inicial foi importante para conhecer aquele que acredito ser o principal obstáculo na implantação do REM: o planejamento das aulas. Durante todo o bimestre, me deparei com as dificuldades dos professores em planejar atividades, e não temas de aula, de prever essas aulas e o que seria necessário para elas; foi com base nelas, que programei a agenda do segundo bimestre.
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