Jackson Pollock |
Intitulo o primeiro bimestre como contato inicial, pois assim interpreto o modo como trabalhamos, nós estávamos literalmente pisando em ovos, pois não tínhamos ideia alguma do que fazer. A equipe NAPEM regional ainda não estava montada, a primeira visita deu-se exatamente no final do primeiro bimestre, o curso de capacitação da Magistra ainda não havia iniciado, as primeiras atividades das áreas iniciaram também no final do primeiro bimestre. Portanto, éramos como pais e mães de primeira viagem, sozinhos, com um filho no colo sem ninguém para nos ensinar o que e como fazer.
Revendo agora a nossa experiência inicial, percebo que fomos (me refiro não só a nós do David Procópio, mas a todas as escolas que já implantaram o REM) corajosos, criativos e profissionais diante do desafio que o isolamento e falta de experiência nos impunha. Na ânsia de conseguir controlar o fluxo das atividades e responsabilidades da coordenação, tomei de empréstimo o guia do especialista das supervisoras e criei para mim, com base na resolução SEE 2052 de janeiro de 2013 um plano de ação para o 1º semestre, acesse aqui.
Também tentei, através de uma reunião marcada com todos os professores do 1º ano, realizar um planejamento anual com base na ementa que havia sido disponibilizada no CRV, bem como a formulação do projeto dos Conteúdos Interdisciplinares Aplicados(CIA). Essa reunião, no entanto, não funcionou. Poucos professores participaram e as atividades do CIA apenas sugeridas não chegaram a ser elaboradas.
Foi quando percebi que o entrosamento dos professores necessário para o planejamento das atividades seria mais complicado do que havia imaginado e que a metodologia que havia exposto na reunião do início do ano realmente não tinha surtido qualquer efeito. O planejamento é essencial para que o REM funcione e o professor, hoje, não possui formação para tal. Acostumados a planos de aula focados no conteúdo e não nas habilidades, embora o CBC desde 2004 imponha essa perspectiva no currículo escolar, os professores demonstraram dificuldades, muitas, em fazer um planejamento e muitos literalmente “fugiram” dessa atividade. Em reação a essa “fuga” por desconhecimento dos professores é que me aproximei da equipe de supervisão e pedi para participar da elaboração das reuniões pedagógicas, colocando para supervisão as minhas necessidades enquanto coordenadora do REM que se aproximavam das necessidades da própria supervisão quanto ao trabalho dos professores da área comum.
Enfim, esse contato inicial foi importante para conhecer aquele que acredito ser o principal obstáculo na implantação do REM: o planejamento das aulas. Durante todo o bimestre, me deparei com as dificuldades dos professores em planejar atividades, e não temas de aula, de prever essas aulas e o que seria necessário para elas; foi com base nelas, que programei a agenda do segundo bimestre.
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